A coleção Jornada
nas Estrelas consiste em 23 volumes lançados pela Editora Aleph. Apresentou
ao público brasileiro edições esmeradas de novelas estadunidenses ambientadas
no universo Star Trek. Os livros foram lançados entre entre 1991
(aniversário de 25 anos da franquia) e 1997 (40 anos do Sputnik I). Cada livro é dotado de notas explanatórias e glossários, buscando ambientar o
leitor. Claramente, um trabalho de fãs dedicados.
Tornei-me
consciente da existência dessa coleção ao ver, ainda menino, alguns volumes
novos expostos em destaque em uma grande livraria. Somente pude passar a
adquiri-los anos mais tarde, em sebos. Sempre me senti muito mais imerso nas
aventuras de Kirk, Spock e McCoy através destas obras do que através da TV.
Absolutamente não estava a par, inicialmente, do estatuto não-canônico destas
obras no contexto do universo Star Trek. Aliás, não creio que o próprio
conceito de “canonicidade” em Jornada nas Estrelas estivesse já bem
estabelecido naqueles tempos, fosse como fosse. Hoje, o megatexto constituído
por estas obras é incluído no chamado “universo expandido”, separando-o das
produções “oficiais”.
Há uma fração dos volumes que consiste em novelizações de fontes canônicas (versões literárias de filmes e episódios). A maior parte consiste em obras originais. Os livros relacionados à Trek Original Series (TOS) - Kirk e cia. - sempre me pareceram mais interessantes: evidenciam um conhecimento apurado, por parte dos autores, dos personagens tratados. Os livros dedicados à Nova Geração são insuficientes neste quesito pela simples razão de que foram escritos enquanto Trek New Generation (TNG) ainda estava em seus primeiros passos. Tasha Yar desponta como uma das personagens preferidas em alguns dos volumes - claramente os autores não antecipavam a morte da personagem nas telas.
Claro, entre
a escrita das obras nos Estados Unidos, sua tradução e lançamento do Brasil,
passando por livrarias e sebos até aportarem em minha estante, passaram-se
anos. Mesmo assim, considero que minha introdução a TNG e mesmo a DS9 (há uma
novelização de “Emissário”) deu-se através destes volumes, que comecei a ler e
colecionar nos últimos anos do séc. XX. Só tive acesso aos DVDs completos de
TNG através da saudosa locadora TV3, aqui de Porto Alegre, em pleno séc. XXI. E
para finalmente assistir DS9, recorri ao não tão saudoso e-mule... Mas
não era essa mesmo a intenção daqueles que trabalharam para lançar estes
volumes em português, angariar novos aficionados?
Nos posts seguintes, irei comentar os volumes um a um. Serão comentários pessoais, com detalhes possivelmente irrelevantes para os leitores. Salve-se quem puder!
Segue para:
https://tavernadesmade.blogspot.com/2020/11/colecao-jornada-nas-estrelas-da-aleph.html
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