sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

NOTAS DE UM MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS

Do “Aprendiz de Avatar”, no Pergaminho da Nona Dimensão: Inteligência?, perguntou Marmaduke num dos intervalos permitidos, quando acompanhava a EMINÊNCIA no parapeito. O que é inteligência? Ora, respondeu a EMINÊNCIA, não é mais do que uma ocupação humana, uma atividade a que os homens aplicam seus cérebros, como uma rã agita as pernas para nadar: é um padrão que os homens em seu egoísmo usam para medir outras e talvez mais nobres raças, que ficam assim confundidas.

Jack Vance, Star King

              
Minha primeira tentativa de aproximação do Guia do Mochileiro das Galáxias não me trouxe diversão alguma. Como o livro vinha sendo saudado como irreverente e engraçadíssimo, senti-me um tanto decepcionado. Pelo menos com “irreverente” eu concordava, em certo sentido: a obra não mostrava qualquer reverência para com as minhas crenças sobre FC. Eventualmente, superei o fundamentalismo nerd e consegui aproveitar minha excursão pelo universo caótico de Douglas Adams. Cheguei mesmo a rir um pouco no processo. Mas era um riso contido, temperado pela ironia. O Guia não é livro para gargalhadas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

TROMBETAS DA REVOLUÇÃO

Estou relendo “Trombetas da Revolução”, de Lloyd Biggle Jr., número 174 da Colecção Argonauta. Lembro-me da minha reação ao encontrar este volume pela primeira vez (em um sebo, obviamente, já que é uma publicação dos anos 70): “Este título é demasiado grandiloquente!”, pensei. O título original é de fato mais contido: “The still small voice of trumpets” (além de referenciar a versão King James de 1 Reis 19:12). Mas, ao fim da leitura, percebe-se que o título em português é bem escolhido, afinal.... Gostei muito da obra, na ocasião de minha primeira leitura em meados do início deste século.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

E ESTE BLOG, O QUE É?


Irei escrever sobre Ficção Científica, mais especificamente sobre as obras das listas que postei. Quiçá, sobre todas elas. Mas permitam-me elaborar sobre como cheguei às vias de fato e decidi por esta empreitada quixotesca.
Adquirir um livro e vir a descobrir que já o havia comprado é embaraçoso. Na primeira vez que o fiz, deixei passar e esqueci o assunto. Na segunda, levei o incidente mais a sério, e o considerei como um lembrete de minha inevitável senescência. Na terceira, decidi que talvez tivesse de tomar algum tipo de atitude.

MINHA BIBLIOTECA DE FICÇÃO CIENTÍFICA - Parte 2

Os livros a seguir estão organizados por autor, sem levar em consideração se pertencem ou não a coleções. Livros de bolso não pertencentes às coleções indicadas anteriormente estão também nessa lista.

MINHA BIBLIOTECA DE FICÇÃO CIENTÍFICA - Parte 1


Este post é simplesmente uma lista das obras de FC de que possuo um exemplar.
Começo com os exemplares que integram coleções, como a famosa “Colecção Argonauta”. Todas as coleções listadas na Parte 1 são de livros de bolso (“pocket”). Estão ordenados por autor. A numeração da coluna da esquerda é arbitrária, empregada tão simplesmente para contar os livros. A numeração ao lado do título da obra, quando empregada, corresponde ao número do exemplar dentro da respectiva coleção.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A CAÇADA


O primeiro passo é delimitar um território. No centro de Porto Alegre, nas cercanias da antigamente chamada Rua da Ladeira, há muitos sebos com estantes destinadas à FC. São um bom começo.  Normalmente, estas estantes estão nos fundos da loja, secundadas por um certo aroma mofado com o qual o caçador acaba por se identificar. Uma imutabilidade aparente caracteriza estes acervos pouco frequentados, mas o rastreador experiente não se deixará iludir. Bem ali, camuflada entre dezenas de empoeirados exemplares da coleção Perry Rhodan, poderá estar a presa. No melhor dos cenários, um raro exemplar, como Enfírio, de Jack Vance.

domingo, 7 de janeiro de 2018

ESTRANHAMENTOS EM DUNA


A história possui uma finalidade? Um rumo desejável ou "natural"? Possui leis generalizáveis? No universo de Star Trek, a resposta a essas perguntas parece ser "sim". Ao de desenvolverem, as civilizações passariam por certos estágios, como a descoberta da propulsão de dobra e a adoção de um governo planetário unificado, antes de integrarem a Federação Unida de Planetas. E são oferecidos vislumbres do que seria o futuro remoto da Inteligência: finalmente libertar-se do aguilhão da matéria e da morte, a exemplo dos habitantes de Orgânia ou de Q.